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Que tempos são estes?


Miracy Real


Ah! Que tempos são estes quando então não se pode envolver-se em abraços, caminhar de mãos unidas? Tempo de emoções contidas! Os sentimentos emergem, o coração sofre, por certo. Dos encontros, vem a vontade, dura é a realidade, rara é a verdade... E a saudade faz morada em cada parte do ser. O tato subverte os contatos. Afetos e desafetos se confundem. Os braços pouco envolvem. De longe, os olhos falam buscando pela casa as fotos. A máscara esconde o sorriso. Os corpos dançam solitários. Amados se vão sem velórios ou, sós, comemoram aniversários. Mas nada e tudo é real. Todos em busca da fé. Todos em modo de espera. A Aldeia Global "off/on line" se equilibrando "in live" prefixando a vida em RE: rever, reformar-se, recomeçar. Ou em TRANS: transformar-se. Onde paramos? Como estamos? Achatados, em curva, em ápice? Homem ascendente ou descendente? Acaso é este o Planeta Terra ditoso, de luz divina e atemporal? Por enquanto, aqui estou a dançar. Bailando pela casa, me sonda o mal. Há um fantasma que me espreita... "Nada do que foi será de novo do jeito que já foi um dia..." Ah! Que tempos são estes, quando a turba se dispersa pelas ruas, e em desatino? Quando tudo se rejeita em benefício da vida? "Não adianta fugir nem mentir pra si mesmo, agora há tanta vida lá fora, aqui dentro, sempre como uma onda no mar..." (maio/2020)



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